Por: Rogério
Maduca, RP
O académico falava durante o programa radiofónico da Rádio Pax, Sociedade
em debate, na noite do último domingo, onde um dos assuntos tratados foi a situação
humanitária de Cabo Delgado, durante o qual recordou que as populações que
sofrem em cabo delgado fazem parte de cada cidadão, - “as populações que sofrem em Cabo Delgado fazem parte de nós, são Moçambicanos,
são parte de nós, tanto é verdade que se nós tivéssemos que considerar o
problema de Cabo Delgado como apenas um problema de Cabo Delgado, nos não sabemos
quais são as futuras intenções dos terroristas que agora preocupam Cabo
Delgado, provavelmente eles estão interessados em ocupar o resto do território Moçambicano”,
referiu
Em relação a aparente falta de apoio ou responsabilização do estado em situações
ligadas a calamidades, Frei Manhiça sublinhou que não é por falta de vontade, -
“O que muitas vezes faz com que parece
que o estado Moçambicano não se responsabiliza de algumas situações da sua competência,
é muitas vezes o facto de ter <almofadas
muito frágeis> para acudir a
certas situações, é uma falta de vontade histórica, isto é os erros cometidos da
governação ao longo da historia do estado Moçambicano, determinou esta situação,
mas imediatamente se calhar hoje todos tem vontade de fazer, mas como podes
fazer algo se ao longo do tempo não preparaste as condições para responder a
qualquer tipo de calamidade ou qualquer tipo de desastres naturais ou de
qualquer tipo”.
O filósofo, falou ainda sobre o papel desempenhado pelo Bispo de Pemba, Dom
Luís Fernando Lisboa e acrescentou que este deveria ser tarefa de todos.
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